Quem trabalha com administração sabe: cada vez mais está ficando difícil conseguir alguém com um perfil acadêmico, cultural, comportamental e social. É possível identificar essas figuras, mas tudo numa pessoa só é complicado. Alias, está se tornando impossível.
Outro dia desses estava guiando e vi umas figuras na orla gritando e cantando: “BEBER, CAIR E LEVANTAR!” Mas até aí tudo bem, é orla, é descontração, tudo lindo! Ao chegar em casa, abri meus e-mails e entrei no MSN e vi na frase de um dos meus contatos a seguinte poesia: “CHUPA QUE É DE UVA”... Como sou curioso (e imbecil também), fui perguntar ao cara o que era aquilo e ele me garantiu que era uma música de sucesso.
Vocês acham que eu estou exagerando? Esse tipo de música é "apreciado" por todas as classes sociais - de A+ a Z(rsrsr). É obvio que tudo é válido, mas o exagero dessas coisas eu acredito que faz mal. Não custa nada ouvir isso uma vez, mas sempre é... complicado (pra não usar palavrão).
Eu pensei: onde vamos parar? Que saudade do Tchan e do Pocotó - esse era ao menos apenas uma “eguinha”! Antes de eu terminar de pensar, resolvi logo ir no Youtube, pesquisar o tal “Chupa que é de Uva” e encontrei. Assisti... mas assisti um clip que fizeram lá: umas montagens feias, usaram Paint Brush e pornografia, coisa e tal... Mas até aí tudo bem (eu acho). Outro susto aconteceu no mesmo momento quando eu vi os vídeos relacionados e achei outro mais criativo: “SENTA QUE É DE MENTA”.
Alguém me diz o que está acontecendo pelo amor de Deus... essas músicas estão invadindo a nossa praia, estão adentrando as casas das famílias brasileiras. Outro dia comentaram que estavam incentivando uma criança a dançar “RALA A TCHECA NO CHÃO”. (meu deus, minha filha...)
Voltando a questão da Administração, está ficando complicado achar pessoas com um perfil adequado para assumir responsabilidades, ter boa conduta, bons costumes, etc. Precisamos de líderes, e a melhor forma de liderar é pelo exemplo. A galera vai cair matando nesse blog qualquer dia desses por conta desses comentários, mas eu fico imaginando... suponhamos que eu tenha uma empresa e na festa de fim de ano, as famílias reunidas, a empresa, os parceiros comerciais, clientes e fornecedores, gerentes de bancos, políticos... todo mundo dançando no meio do salão: “CRÉU, CRÉU, CRÉU, AGORA O NUMERO 5 HEIN: CRÉCRÉCRÉCRÉCRÉCRÉCRÉCRÉUUUUUUUU”. Ou então no meio de uma música tranqüila, relaxante e aconchegante, o seu Gerente Administrativo grita: “TOCA TODA BOA do PSIRICO AÍ, NA MORAL MERMÃO”.
Fica a sugestão: vamos elevar nossa cultura novamente gente. Tivemos um passado musical interessante. Algumas figuras ainda persistem em fazer músicas de qualidade no cenário brasileiro. Vamos aprender a dar valor àquilo que tem valor. Se a coisa continuar como está, vou falar igual ao poeta RAUL SEIXAS: “Pare o mundo que eu quero descer!”.
Não é o emprego que não existe, são as pessoas que não estão atentas às novas regras mercadológicas imposta pela globalização e consequentemente pela competitividade.
5 comentários:
o seu blog está ótimo....
informações diversificadas.....
tá de parabéns Prof. Caffé!!!!
Adoro seus textos...
Visitar seu blog é a certeza de deliciosas gargalhadas
ARRASOU!
Professor, moro em Barreiras-Ba e entrei no seu blog por indicação de uma amiga que estudou comigo na FASB (a irmã estuda na FASJ). Você disse tudo mesmo. Ainda bem que existe gente jovem com cérebro e olhos pra ver isso que tá acontecendo!
Olha, até gosto de um pagode, mas tudo tem sua hora e tempo. No carnaval, de preferência, ou no fundo do quintal da casa de um amigo. Que não seja o chefe.
Abs,
Monique Vasconcelos
moniquev3@yahoo.com.br
Seu texto morreu no "POETA (??!) Raul Seixas".
huahuahuahuahuahua
Abraço;
Gerson.
vc eh um idiota mitido a intelequitual o que que tem aver musica com mercado de trabalho...cada com sua opçao musical nada aver isso ae que vc falou no texta...
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